3 de fevereiro de 2009

POLITICA - O PMDB GANHA NAS DUAS CASAS NO SENADO E NA CÂMARA DOS DEPUTADOS FEDERAL

O Partido que Governará o BRASIL
Aconteceu o que todos os outros partidos temiam. O PMDB venceu nas duas Casas do Congresso. No Senado, com 49 votos, José Sarney teve uma vitória tranquila. Na Câmara, apesar das traições, Michel Temer (SP) recebeu 304 votos e levou no primeiro turno. A soma dos resultados consolida a legenda como a principal força no Legislativo e o aliado mais disputado para as eleições de 2010. O PMDB continua dividido em dois grupos, mas, agora, cada facção comanda um dos lados do Congresso Nacional. Não era o resultado sonhado pelo Palácio do Planalto, nem pela oposição. Tampouco foi resultado de uma estratégia combinada. Os peemedebistas da Câmara e do Senado não apenas correram em faixa própria, mas fizeram o possível para atrapalhar os planos um do outro. Mesmo assim, os dois lados estão mais fortes.



No Senado, Sarney venceu contra a vontade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na Câmara, Temer recebeu o apoio do Planalto. Em ambos os casos, pesaram as projeções para 2010. Lula deixou clara sua preferência pelo petista Tião Viana (AC). Acreditava que o PMDB ficaria forte demais se comandasse Câmara e Senado. Entre Sarney e Temer, preferiu investir no deputado, aliado mais recente e menos confiável. Lula acreditava que conseguiria controlar o grupo do Senado, que o apoia desde o primeiro mandato. Nos últimos dias de campanha, Sarney procurou o presidente para se queixar de integrantes do governo que embarcaram na campanha de Tião. Entre eles, Gilberto Carvalho, chefe-de-gabinete do próprio Lula. Candidata de Lula à sucessão, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, fez o possível para minimizar os danos da disputa entre PMDB e PT. Foi a primeira vez que uma crise política desembocou em sua mesa. Embora mantenha boa relação com ela, Sarney já avisou o Palácio do Planalto que apoiará o governador Aécio Neves, se ele for candidato à Presidência da República em 2010. O mineiro foi o único presidenciável que apoiou o peemedebista.

Apuração: MAGNO FERNANDO