
Mais um funcionário da empresa Filadélphia Empréstimos Consignados Ltda, com matriz em Lagoa Santa, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi preso. De acordo com a Polícia Federal, o diretor operacional e comercial do grupo, que não teve o nome divulgado, foi detido durante cumprimento de mandado de prisão temporária.
Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido na casa do suspeito. A prisão temporária do presidente do grupo, o sargento da reserva da Aeronáutica Carlos Henrique Vieira, foi prorrogada até sexta-feira, por decisão da 4ª Vara da Justiça Federal. O mesmo aconteceu com o vice-presidente e com dois gerentes da Caixa Econômica Federal, que facilitavam empréstimos.

A organização cometia crimes financeiros contra a administração pública, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal em Minas Gerais e em outros 22 Estados, causando um prejuízo de pelo menos R$ 10 milhões. Acredita-se que a soma possa chegar a R$ 20 milhões.
A assessoria de imprensa da Polícia Federal não soube informar a situação dos demais acusados de envolvimento no esquema. O presidente da Filadélphia também é pastor da igreja evangélica Pentecostal do Evangelho Pleno e pré-candidato à Prefeitura de Lagoa Santa.
Segundo o chefe da Delegacia de Repreensão a Crimes Financeiros, Mário Veloso, as investigações começaram no início de 2011, depois de denúncias. A maioria dos clientes era militar da Aeronáutica. A polícia não sabe precisar o tamanho da cartela de clientes, mas calcula que haja milhares de prejudicados.
O delegado afirma que foram cumpridos 84 mandados e encontrados indícios de que o grupo praticava o esquema da pirâmide, no qual os suspeitos se apropriam do dinheiro dos clientes e os remuneram com juros acima dos praticados no mercado. Porém, com o passar do tempo, a empresa não consegue honrar seus compromissos e passa a dar calotes. A igreja pentecostal seria usada para lavar o dinheiro do esquema.